terça-feira, 11 de outubro de 2011

A melhor parte de mim


Falar sobre perdas é, sempre, muito difícil. Falar sobre a perda da pessoa mais importante da minha vida é mais difícil ainda. No dia sete de outubro de dois mil e onze, perdi a minha melhor amiga, a minha maior compaheira, a pessoa que eu mais amava no mundo.
Adjetivos não faltam para classificá-la, honesta, fiel, batalhadora, companheira, inteligente, sábia, solícita, atenciosa, a melhor mãe do mundo...
Primeiro ela foi filha, depois ela foi irmã, e depois ela foi mulher, e depois ela foi mãe, e depois ela foi avó. Em todos esses papéis ela amou, lutou e sofreu. Amou demais, lutou muito e sofreu mais do que merecia, ou poderia. Mas recebeu todo o amor que deu, de volta. Era amada por muitos, admirada por outros tantos. Mesmo no meio da luta, era temente a Deus, e não se voltou contra Ele. Fazia todos os momentos de aprendizado.
Tudo o que sou, e que sei que ainda vou ser, devo a ela, que dedicou sua vida inteira a mim. Me deu a melhor educação, me ensinou os valores da honestidade, fidelidade e integridade, se esforçou para que eu tivesse o melhor, sempre.
Tenho certeza que ela lutou para ficar mais tempo do nosso lado. Ela era tão generosa, que se preocupava com a falta que iria fazer e, por isso, lutou até o último momento, por nós, filhos, netos, sobrinhos, primos, irmãos...Ela esperou eu me formar na faculdade e conseguir trabalhar na área que eu gosto. Ela esperou pra me ver encaminhada e feliz.
Não perdi apenas a minha bússola, perdi meu chão, meu colo, meu ombro e meu coração. Dizem que quando uma pessoa, tão importante assim, morre, ficamos sem um pedaço do coração. No meu caso, posso afirmar, com certeza, que além de todo o coração, perdi uma parte de mim. Uma parte enorme, e importante, e verdadeira... a melhor parte de mim.
Te amo pra sempre, minha linda, maravilhosa e perfeita mãe!

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Um texto que amo

Hoje resolvi compartilhar um texto que recebi há muitos anos, mas continuo achando super interessante! ;)



Do coração de uma mulher

A bem da verdade, não sou essa mulher fatal que você pensa que eu sou. Aquelas histórias de sedução foram todas inventadas e esse ar superior, de quem sabe lidar com a vida, é apenas autodefesa.
Aquelas frases filosóficas, foram só pra te impressionar, pra te passar essa ilusão de intelectual... na verdade eu ainda nem sei se acredito nos valores que me ensinaram, quanto mais em frases feitas e opiniões formadas!
Senta aí, vai! Deixa eu tirar os sapatos, desmanchar o penteado, retirar a maquiagem... quero te mostrar que assim de perto não sou tão bonita quanto pareço, por isso uso todos esses artifícios. É que no fundo tenho um medo terrível de que você me ache feia, de que você encontre em mim uma série de imperfeições.
Sabe, não quero mais usar essa máscara de mulher inatingível, de mulher forte com punhos de aço... No íntimo me sinto uma pequena ave indefesa, leve demais para enfrentar o vento, e, deseja ficar no aconchego do ninho e ser mimada até adormecer.
Olha pra mim, às vezes minha intimidade não tem brilho algum e você terá que me amar muito para suportar essa minha impotência.
Deixa eu tirar o casaco, tirar o cansaço... essa jornada dupla me deixa tão carente... A convicção de independência afetiva? É tudo balela! Eu queria mesmo era dividir a cama, a mesa, o banho... Queria dividir os sentimentos, os sonhos, as ilusões... um pedaço de torta, uma xícara de café, algum segredo...
Ah, eu tenho andado por aí, tenho sido tantas mulheres que não sou! Quantas vezes me inventei e até me convenci da minha identidade. Administrei minha liberdade. Tomei aviões, tomei whisky... troquei a lâmpada, abri sozinha o zíper do vestido... decidi o meu destino com tanta segurança! Mas não previ que na linha da minha vida estivesse demarcada uma paixão inesperada.
Agora, cá estou eu, trinta e poucos anos e toda atrapalhada, tentando um cruzar de pernas diferente, um olhar mais grave, um molhar de lábios sensual... mas não sei direito o que fazer para agradar.
Confesso que isso me cansa um pouco. Queria mesmo era falar de todos os meus medos, "dos seus medos?" você diria, como se eu nunca tivesse temido nada. Queria te falar das minhas marcas de infância, dos animais que tive, do meu primeiro dia de aula... queria falar dessas coisas mais elementares, e te levar na casa da minha mãe, te mostrar meu álbum de retrato (eu, me equilibrando nos primeiros passos), ah, queria te mostrar minha primeira bicicleta, com truques. Ela ainda existe! Queria te mostrar as árvores que eu plantei (como elas cresceram!) e todas essas coisas que são tão importantes pra mim e tão insignificantes aos outros.
Ah, você queria falar alguma coisa? Está bem! Antes, só mais uma coisinha: estou morrendo de medo que você saia desta cena antes de mim, que você saia à francesa desta história, e eu tenha que recolocar minha máscara e me reinventar, outra vez.

Lucilene Machado

Lucilene Machado (1965), é cronista no jornal Correio do Estado - MS, membro da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras e da UBE-MS, Tem dois livros publicados, um de poesia, outro de literatura infantil. Possui artigos publicados na Itália, Espanha e Venezuela. Professora do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Mato Grosso.

terça-feira, 22 de março de 2011

Tanto

Um engano, um mal entendido
Palavras ditas sem pensar
E toda confiança se esvai
Como areia entre os dedos
Não consigo provar o que digo
Não sei o que dizer
Mas sei que não quero jogar fora
Um roteiro interessante
Que tem tudo pra virar história
Cheia de carinho, atenção, música e diversão
O que não é bom é questão de união
E superação
Ainda há tanto para ser dito
Tanto para ser vivido
Tanto para ser dividido
Não gosto de pensar no fim das coisas
Gosto do brilho inebriante no olhar
Do gosto das boas surpresas
Do som perfeito do violão
Do cheiro do recomeço
Vem pro meu aquário!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Faltou

Faltou a melodia de uma letra transparente
Faltou a coragem para estar mais perto
Faltou o frio na barriga
Faltou o suor nas mãos
Faltou o beijo quente
Faltou o desejo no olhar
Não, não! O desejo estava lá. Escondido!
Faltou vontade
Faltou acreditar que vale à pena
Faltou sentir falta
Faltou a pessoa que só existe comigo
Mas há quem diga que quem falta não faz falta

domingo, 21 de novembro de 2010

Baste-se!

Certa vez, no twitter, alguém postou assim: "É tão bom quando a gente se basta!". A frase me trouxe uma pergunta: Quantas vezes eu me senti assim, suficiente? É... não foram muitas vezes. O fato é que as pessoas não gostam de assumir mas acabam substituindo relacionamentos, escondendo dores de amor. Dizem que só se esquece uma paixão com uma nova paixão e assim as pessoas vão levando a vida, trocando de pessoas, pulando de relacionamento em relacionamento buscando não sentir as dores do fim. Desse jeito as pessoas nunca se bastam, justamente pq precisam de outras pessoas pra suprir o vazio deixado pelo fim da última relação. Analisando a situação friamente cheguei a conclusão de que isso é patético, além de triste, e a maioria das pessoas age assim. Odeio admitir mas também já fiz isso. Várias vezes! Talvez por covardia, mas não quero justificar esse erro, na verdade, já que descobri que isso é um erro, quero consertá-lo. Então aqui vai minha meta a partir de hoje: me bastar! Podem cobrar!
P.S. Na verdade iria só postar uma música e quando vi já tinha escrito um monte de coisas. Então lá vai a música de hoje: Sabes mentir - Djavan



Sabes Mentir
Djavan
Composição: Othon Russo

Sabes mentir
Hoje eu sei que tu sabes sentir
Um falso amor
Abrigaste em meu coração

Sempre a iludir
Tu falavas com tanto ardor
Dessa paixão
Que dizias sentir

Mas tudo agora acabou
Para mim terminou a ilusão
Hoje esse amor já findou
E afinal para que amar

Sempre a iludir
Tu beijavas com afeição
Sempre a fingir
Uma falsa emoção

Sabes mentir
Hoje eu sei que tu sabes sentir
Um falso amor
Abrigaste em meu coração

Sempre a iludir
Tu falavas com tanto ardor
Dessa paixão
Que dizias sentir

Mas tudo agora acabou
Para mim terminou a ilusão
Hoje esse amor já findou
E afinal para que amar

Sempre a iludir
Tu beijavas com afeição
Sempre a fingir
Uma falsa emoção

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Eu também estou tentando...

Estava num supermercado quando ouvi esta música e achei muito parecida com tudo que estou vivendo... Não reparem o "tou" no nome do vídeo, ok?! rs
Com vocês: Kid Abelha!



Acabei de aprender a postar vídeo do youtube aqui, quem me ensinou foi o "Fráuvio". Obrigada, Flavinhoooooooo!!! You are the best "Blogman"!!!!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Finalmente a foto com Pedro Mariano!


Bem, hoje o dia está uma droga. Tudo o que eu não gostaria que acontecesse, aconteceu! Lei de Murphy (ahhhh!)! Mas é justamente nessas horas que eu corro pra cá... Mas não quero falar de coisas tristes, pelo contrário, preciso contar como foi o show do Pedro (não reparem no atraso...rs). Fui sozinha ao show e na espera para entrar já fiz duas amigas (Viviane e a mãe dela). Ficamos na primeira fila. Eu estava tão ansiosa que os minutos que antecediam a entrada dele pareciam horas. Ele entrou e a partir daquele momento meu mundo resumiu-se aquele palco, aquela voz, aquela simpatia. Nossa! Parecia que todos os meus problemas não existiam. Tirei mil fotos, cantei todas as músicas, me diverti demais!!! Ele se despediu, saiu do palco mas não resistiu aos gritos de "mais um" do público. Ele voltou cantou mais uma música e quando estava indo para a segunda uma louca gritou: "Canta "Pode Ser"!", ele fez várias brincadeiras, perguntou quem é que mandava naquele show e finalmente pediu para o Conrado pegar o outro violão pois ele iria atender ao pedido. Esse foi o momento mais lindo do show, vejam só: http://www.youtube.com/watch?v=foeYkivx37g
Depois disso nem precisa dizer quem foi a louca que fez o pedido, né? rs
No final do show o Pedro atendeu aos fãs e quando chegou na minha vez eu disse: "Olha, eu preciso de pelo menos 2 minutos", ele, muito brincalhão, disse: "Contando, tempooo...rs" Aí eu contei toda a história, mostrei as fotos do tal show que me fez ficar frustrada por anos, até que ele disse: "Ah! Então é você?!" Eu, pasma, só consegui ficar calada e pensando: "Como assim eu??"rs. Ele continuou: "É, eu li seu blog, vi suas histórias, que bom que você veio!" Nesse momento eu fui na lua e voltei. Fiquei toda boba, pensando: "Caramba, ele me deu atenção. Ele viu o que eu mandei pra ele através do twitter. Ele é demais mesmo!". Encerramos o papo com a foto, e vocês não vão acreditar no que eu vou contar: a máquina deu erro justamente na foto em que posamos. Putz! Esse tal de Murphy é um @#&*$... Mas dessa vez deu para salvar a maior parte.
Mesmo voltando para a realidade, que não é tão colorida e bela quanto a música que o Pedro canta, fiquei em estado de graça por dias. Acho que a melhor receita para felicidade instantânea é assistir ao show do Pedro Mariano, pelo menos para mim.