sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Minha Super Mãe

Já imaginou a sensação de perder aquele bichinho de estimação que você tem há muitos anos e que já faz parte da família? Ou então, a sensação de perder aquela meia, calcinha ou cueca que você acredita te trazer sorte? Que tal imaginar agora como seria passar uma semana inteira sem acessar a internet, ou então ficar longe do seu celular (aquele inseparável que faz com que a sua vida se movimente)?
Pois é, tudo isso, provavelmente é muito difícil para a maioria de nós, mas não se compara a imensa dor de imaginar perder a pessoa que você mais ama no mundo! Digo isso por experiência própria. Minha mãe sempre foi uma mulher muito forte! Guerreira, trabalhadora, sempre lutou muito para me dar o melhor. Investiu tudo o que pôde em mim e me amou (e ama) com a força mais intensa que existe no mundo. Todos os bons adjetivos que existem são poucos para defini-la completamente. Ela é o tipo de mulher que faz qualquer pessoa se encantar. Sua humildade, bondade e generosidade cativam as pessoas num primeiro contato. Até as pessoas que fizeram algum tipo de mal à ela, conseguem seu perdão e acabam reconhecendo a grande mulher que ela é.
Nós somos muito diferentes! Ela é mais reservada, eu sou muito escrachada. Ela é mais tímida e eu... bem, quem me conhece sabe que a timidez passou longe de mim... *rs* Ela sabe bem a hora de calar, e eu não consigo travar minha língua. Ela é super controlada e eu sou o descontrole em pessoa. Apesar de todas essas diferenças e de algumas outras que eu não lembro agora, ela é a mulher mais incrível que eu conheço. Tudo o que eu sou (e que sei que vou ser) eu devo a ela, que me educou e me ensinou todos os valores que uma pessoa de bem deve ter. Agora que ela está doente, estou sentindo o maior medo que já senti em toda a minha vida. Medo de perdê-la! A tristeza de vê-la sofrer me faz muito mal. Às vezes acho que ela pensa que não estou ligando muito para o que está acontecendo com ela, mas eu tento parecer forte para não enfraquecê-la mais ainda. Tento tirar forças não sei de onde para acreditar que tudo isso vai passar e que vai ficar tudo bem, mas só eu sei como é difícil me controlar pra não desabar na frente dela. Temos tido pouco tempo juntas, e me sinto culpada por isso, mas não posso parar de trabalhar. Como eu gostaria de cuidar pessoalmente dela, de controlar os horários dos remédios, de fazer carinho até a dor passar... Como eu gostaria de poder retribuir tudo o que ela já fez por mim, e olha que não foi pouco! Sempre que estive doente, minha mãe não desgrudava de mim até que eu estivesse completamente bem. Se eu desse um "ai!" de dor, de madrugada, ela acordava no mesmo minuto pra saber do que eu estava precisando (isso se ela conseguisse dormir).
Agora, no meio dessa confusão toda, parei pra pensar se tinha conseguido ser uma boa filha e não consegui ter essa certeza. Andei meio rebelde durante um período e isso me faz sentir remorso. Como eu pude ser tão arrogante com alguém que lutou a vida inteira por mim? Juro que mesmo não estando presente o tempo inteiro, estou tentando fazer com que ela sinta orgulho de mim, e que tenha a certeza de ter feito de mim uma mulher honesta, com princípios e valores inseridos e cultivados em mim, por ela. Sem dúvidas, a minha mãe, é a melhor do mundo. Eu a amo incondicionalmente e não vejo a hora de vê-la bem e poder contar aqui, que ela já está completamente curada. Todas as pessoas que convivem comigo, sabem que tenho uma imensa vontade de ser mãe, e se eu for metade do que a minha mãe foi pra mim, meus filhos serão muito felizes.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Cheiro de saudade

Hoje é o sétimo dia de uma decisão importante. Importante e dolorosa. Talvez por ser uma data importante ou então por ter cheiro de rosas vermelhas, gosto de surpresa boa e a lembrança de uma amor mal vivido. É... amor mal vivido, amor mal amado, amor mal nascido, pra ter morrido de forma tão estúpida. É tão ruim sentir-se impotente diante de algumas situações! Embora a dor dos "ses" atormente todas as horas do meu dia e da minha noite, eu tento pensar que não devemos desperdiçar nosso tempo e nossa vida com o que não nos traz retorno. Dizem que tudo que vai, volta. Até concordo, mas com ressalvas. Se damos amor, certamente receberemos amor de volta, mas nem sempre essa troca acontece na mesma sintonia. Há centenas de milhares de casos em que os sentimentos de amor entre um casal são diferentes para cada parte. Algumas vezes o que antes era promessa de felicidade e paraíso transforma-se em uma amizade profunda, daquelas que nem o tempo pode afastar. O único problema é que nem sempre o sentimento se transforma para as duas partes envolvidas, e é aí que mora a tristeza, a solidão e, principalmente, a saudade do que foi e do que poderia ter sido uma grande história de amor!

sábado, 7 de fevereiro de 2009

À procura da felicidade

Como anteriormente eu falei sobre a paixão e a saudade que eu sentia das festas, nada mais justo que comunicar que voltei. Pois é, as pessoas estão certas quando dizem que a vida é uma caixinha de surpresas! Não imaginava voltar, mas no momento exato fui chamada de volta. Me sinto tão à vontade aqui! Parece meu habitat natural, eu sei mesmo lidar com essas coisas, e além de saber, eu sinto realmente muito prazer em fazer o que faço. Nesta semana, falei com alguns clientes que demonstraram muito carinho e alegria em saber que eu estou de volta. Isso é uma baita massageada no ego, principalmente num momento como o que estou vivendo, onde tudo, absolutamente tudo me irrita. Esses dias estava voltando para casa, e no trem lotado tinha um casal, ele devia ter uns 56 anos e ela uns 22 no máximo, eles se beijavam o tempo inteiro, sabe aqueles beijos barulhentos e cheios de paixão de início de relacionamento? Então, eram esses! Acho que fui um pouco preconceituosa, porque senti um nojo daquele homem beijando a menina, chegava a dar raiva (me peguei franzindo a testa e fazendo uma cara péssima só de lembrar). Mas também pode ter sido um pouco de inveja. Não era inveja com vontade de estar no lugar daquela menina, mesmo porque o coroa era muito feio (rs), mas de estar na mesma situação. Sabe como é, né?! Levei um pé no traseiro recentemente e isso nos faz ficar invejosos, saudosistas, rancorosos e sentimentais demais. Daí eu fiquei pensando em como o início de um namoro é bom, tudo é perfeito (até beijar num trem lotado cheio de gente fedorenta esbarrando o tempo todo), tudo o que se quer é a companhia da pessoa amada. Se bem que são poucos os casos de amor à primeira vista (mas eu digo amor mesmo, aquele para o resto da vida sabe?!), na maioria das vezes é o fogo da paixão nos cegando e fazendo-nos acreditar que o que estamos sentindo é amor de verdade. A verdade é que mesmo quebrando a cara e sofrendo várias vezes, por várias paixões, ninguém desiste de encontrar sua cara metade, mesmo aqueles que disfarçam e dizem que não vão querer amar nunca mais (acho que todo mundo que sofreu por conta dessas coisas do coração diz isso quando percebe que o relacionamento não deu certo). Tudo isso me lembrou uma música lindíssima composta pelo Jair Oliveira (é... o Jairzinho do Balão Mágico) chamada "Grande amor", que ficou conhecida na interpretação de Pedro Mariano.

Grande Amor

Quem não quer ser feliz?
Quem não quer se apaixonar?
Quem não quer um grande amor?
Há que possa se entregar.

Quem já tem sabe o que é,
Quem não tem há de esperar,
Quem não quer não bate bem,
Quem perdeu deve chorar.

Pois com o amor ninguém brinca sem se machucar.
E toda dor que fica não dá pra encarar.
Eu já encontrei, já sorri, já entreguei meu coração.
Mas já perdi, eu já chorei, eu já sofri por desilusão.

Mas ainda assim, quem é que não quer um grande amor?
Mas ainda assim, quem é que não quer um grande amor?